domingo, 9 de novembro de 2008

Silêncio


fechei meus olhos para espiar
lá dentro
abri a porta, que não rangeu
silêncio
olhei dentro
estava vazio
botei meus pés novamente naquele chão
grama verde
meu corpo descansou
olhos calmos
mãos leves
corpo em repouso
que saudade daquela terra
daquela gente
caminhei por toda parte
busquei vozes conhecidas
silêncio
realmente estava sozinha
mas não estava triste
senti que alguém se aproximava
e antes de ver fui abraçada
conhecia os braços
ficamos ali sentados
o sol morria
não precisávamos de palavras
por isso voltei
pelo silêncio do encontro
pelo silêncio dos teus passos nesse chão
que não existe

e silenciosos caminhamos sempre ao lado

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