terça-feira, 13 de setembro de 2011

Das Dores

A dor de garganta, às vezes, é tão somente a manifestação do que engolimos todo dia, palavras que não saem e que vão machucando com a vontade de sair. Eu falo bastante o que penso, mas muita coisa, resignada calo e vão juntando nas amígdalas palavras guardadas, pensamentos perturbados. O vômito, às vezes, é o nojo de se estar onde não se quer estar, ou de aguentar pessoas, as quais não se quer aguentar. Vai se embrulhando no estômago o mal estar com o desejo do bem estar, e de repente não mais aguentamos e deixamos no vaso sanitário palavrões e angústias. Vou até a cozinha e tomo um remédio para a digestão, mas nem seria necessário. Uma distenção no músculo, às vezes, é o cansaço de se esquivar, esconder, correr dos enfrentamentos e das verdades, e vão se juntando movimentos tão agitados do corpo ansioso e dos olhos nervosos, que, ao caminhar sentimos uma dor forte nas pernas e caímos exaustos. A dor de cabeça... ah a dor de cabeça... muitos capítulos para a dor da culpa, aquela dor merecida, porque nos ensinaram que merecemos. A bolsa cheia de analgésicos, para quê? não passa, não passa, não passa.
Para que tanta culpa, meu Deus! Para que tanta dor!
Talvez a resposta seja o meu egoísmo, de olhar só para meu umbigo... mas até no umbigo sinto dor, porque ao olhar para ele, vejo meu princípio e fim e o fim talvez seja o fim da tanta dor!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Me perdoem, mas faço o que me deixa feliz, essa vida dura pouco, pra ficar sofrendo demais.
Me perdoem, os que não entendem minha alegria, meu jeito desajeitado, minha pele colorida de tatuagens e meus palavrões, mas acredito na liberdade, no respeito e no amor.
Me perdoem, porque quando vejo que não sou amada, vou embora, escolhi acreditar apenas nos meus amigos, que me dizem que mereço amor.