terça-feira, 22 de novembro de 2011

liberta


saio de casa
não gosto
volto

tomo um sorvete
tá demais
eu cuspo

sinto vontade
eu ligo
eu choro
eu grito
dá sono
eu durmo

sinto saudade
escrevo
telefono
se for bobagem
eu sumo

estou no tédio
caminho
no vento
na chuva
sem hora

tenho sede
bebo água
suco
pinga
e me esqueço

tenho hora
desapareço
desligo o telefone
me enfeito

se os assusto
peço perdão
mas me respeito

quero sexo
amor
música
livros
e passeios

me refaço
me desfaço
sou uma
muitas
não importa

liberdade
até na dor
liberdade

liberdade
mesmo que tarde
liberdade

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