terça-feira, 11 de novembro de 2008

poema de amor eterno?

ele virá ao meu mundo
lá antes da porta
lá onde a grama é verde
e cheira verde

eu o aceito aqui
pois ele me ama invisível
e eu o amo transparente
no cheiro verde da nossa terra

ele chegou de trem
eu corri pra estação
ele veio sem mala
veio sem identidade
mas nunca precisava
só precisava coragem

corri para os seus olhos
levei um copo de água
levei um bolo de milho
levei a fome que tinha

seus olhos tão benditos
agradeceram a água da fonte
e sentados na nossa grama
comemos o bolo de milho
e rimos da simplicidade
e do canto dos passarinhos

este era o nosso mundo
como poderíamos abandoná-lo?
e decidimos optar pela eternidade
e nos amamos eternamente
e eternamente dormimos abraçados
na grama verde que um dia cobrirá nossos corpos

"quando eu morrer me encontrará por lá, volte para mim"

3 comentários:

  1. Lu nem sei o que comenta mais.
    Não sei de mais nada do que achei que sabia

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  2. Luuh!! lindoo demaaaaais o intervalão hj!! parabens viu... adorei.. vc encerrou com chave de ouro com aquela declaraçao pro andré!! Aiii vou sentir mtaaass saudades de vcs!!! =/ beeijo!!!

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  3. No trem!

    Olhando pela janela perco as contas de quantas são as estrelas lá no céu...recomeço, mas sou barrado já no algarismo 13 por causa das estrelas brincalhonas que não sossegam nos seus respectivos lugares. A mesma dificuldade sinto pela manhã ao querer contar as vaquinhas pastando nas campinas.

    O meu desembarque estava próximo. Já passei pelo país das maravilhas e pelo país dos espelhos. Viria os bolos que transformam gente grande em pequena e vice-versa, presenciei menino atirando maçãs em espelhos -sorte minha não parar nestes dois mundos. Aquele me reservara momentos menos conturbados.

    Surge a volúpia. Uma que sentimos no momento exato da chegada, na vitória cobiçada, em qualquer que seja ela. Havia borboletas na barriga - a máxima que melhor encontrei para este fato - que me causaram dores abdominais ao término do evento.
    E lá estava ela, com um copo e um pedaço de bolo amarelo em mãos. Como poderia saber que estava com sede de água? E com fome de cousa simples? Pode ser que os olhos tenham me entregado. Ainda bem que o fizeram, tal que o diálogo não se iniciaria se faminto eu estivesse (não penso bem de barriga vazia - e para os mais detalhistas, também não penso de cabeça cheia.)

    Afinal, em casa. Aqui eu acordo com o canto matinal dos pássaros, e quando ocioso, cochilo ouvindo o assovio de boa noite dos passarim no por do sol. Tenho em uma das casas uma sala com parede de vidro e teto de vidro, assim, quando o pôr do sol dá vez a capa de constelações, eu posso desfrutar o que Deus oferece aos Teus filhinhos.
    Aqui é o meu país, onde a lince não acompanha tanta beleza e idéias que se formam. Onde o bolo não tem química que faz crescer ou diminuir o ego, apenas a química das misturas na assadeira untada e a do bolo já no estômago. Aqui maçã se come, não se usa como objeto de ataque nem como forma de reconciliação, simplesmente maçã.

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