segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Primeira Carícia


No piano a música desliza pelas mãos de um menino
escorre o som pelo meu corpo e minha mente sente
as primeiras carícias
são carícias em minha alma
ao corpo proíbidas
o medo do afeto se dissipa
enquanto a música arde
fecho os olhos e sinto
os dedos que se enlaçam de leve
e o abraço é lento
desesperado lancinante
medo de acabar
e as bocas tímidas
finalmente, em doce carícia se tocam
e a música termina
mas o amor não, e então
a música recomeça, não em piano, mas em violino
como é doce amar
como é doce amar!
(inspirada na música Primeira Carícia de Cost. de Crescenzo - tocada pelo meu sobrinho Rafa, ao piano, enquanto eu escrevia.)

3 comentários:

  1. Wooow :)
    Muuito lindo, mããe!
    Nada como música para nos inspirar enquanto escrevemos... *-*

    Beeeijo!

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  2. Pensemos no que o poeta Affonso Romano de Sant'Anna disse:
    "- ilimitado o amor às vezes se limita,
    proibido é que o amor às vezes se liberta."

    Pensamos? Sintemos agora o que Alexandre O'Neill dizia:
    "Há palavras que nos beijam
    Como se tivessem boca,
    Palavras de amor, de esperança,
    De imenso amor, de esperança louca."

    Sentimos? Agora, faça o que quiserdes com as minhas idéias:
    "Adiou o prório nascimento
    Acho que porque estava repousando, em paz.
    Relutou, com medo de se tornar um rapaz
    Mas as boas inteções da boa mulher, com um receptivo refúgio na rua dos bobos, não lhe ofereceu tormento.
    Como é doce amar
    Como é doce amar"

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