domingo, 5 de outubro de 2008

Na janela do carro, pingos d'água


Se na chuva não vejo,
o que o sol não mostra,
é que tem barullho de mar,
na sombra da estrada.

Se no corpo a alma não mostra a cara,
é que tem barulho de brilho,
nas pálpebras risonhas da estrada.

Meus seios cheios de mar e brilho,
mulher chuva na estrada,
não há pó, nem nada.

Apenas pingos tímidos de beijos, leite e lágrimas.

5 comentários:

  1. que lindo!
    decididamente adoro seu blog.


    Você já olhou para um pingo de chuva na janela?já reparou quanta água tem alí?

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  2. Seu lirismo soa tão delicado, acolhedor e é ao mesmo tempo tão profundo.

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  3. Nossa Lu que saudade...

    Muito inspirador tudo isso

    =D


    beijos.

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  4. lágrimas? Já não basta chuva.. que é tão triste... e lágrimas?

    beijos!

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  5. Lu: termino sempre morta ou engasgada, ou triste, ou assustada

    Fer:
    Como alguem pode estar a se sentir morta,
    se tão viva faz a sua aula
    e revive poetas, perfumes, e se alimenta da horta
    ... estais livre Lu, e nao em uma jaula!

    engasgada?
    enganada
    empalhada
    mas que atrapalhada!!!

    Dizia o poeta: "triste é viver na solidão"
    Repete o pupilo do poeta: "A maior solidão é a do ser que não ama"
    Estudaremos o poeta e concluiremos que sempre tu, Lu, terás marido, Sofia, alunos ( uns terão partido, outros, verás todo dia), mas nunca estará sozinha. Reflete que não há motivos para dar bola pra esta tal tristezinha.

    Quando estiveres assustada
    lembra-te das almas abraçadas!
    ...

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